sábado, 28 de março de 2009

Projectos Nacionais das TIC na Educação Não Superior (continuação)

O Programa Nónio Século XXI (1996-2002) estruturou-se em quatro sub-programas:
a) Aplicação e Desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no sistema educativo;
b) Formação em TIC;
c) Criação e Desenvolvimento de Software Educativo;
d) Difusão de Informação e Cooperação Internacional.
Tinha como objectivos:
a) Apetrechar com equipamento multimédia as escolas dos ensinos básico e secundário e acompanhar com formação adequada, inicial e contínua, os respectivos docentes visando a plena utilização e desenvolvimento do potencial instalado;
b) Apoiar o desenvolvimento de projectos de escolas em parceria com instituições especialmente vocacionadas para o efeito, promovendo a sua viabilidade e sustentabilidade;
c) Incentivar e apoiar a criação de software educativo e dinamizar o mercado de edição;
d) Promover a introdução e generalização no sistema das tecnologias de informação e comunicação resultantes das dinâmicas referidas em b) e c), que permitam satisfazer as necessidades e garantam o desenvolvimento do sistema educativo;
e) Promover a disseminação e intercâmbio, nacional e internacional, de informação sobre educação, através nomeadamente da ligação em rede e do apoio à realização de congressos, simpósios, seminários e outras reuniões com carácter cientifíco-pedagógico. Os Centros de Competência, criados em 1997 mediante concurso têm como papel: desenvolvimento qualitativo de actividades/projectos das escolas, ajudando-as a reflectir e debater metodologias e formas de utilização das TIC com os alunos; formação de professores; produção de conteúdos para a web/software.

Projectos Nacionais das TIC na Educação Não Superior

O primeiro grande projecto nacional que teve como objectivo a inclusão das TIC no ensino não superior foi designado de projecto MINERVA. Este, tinha como objectivos específicos: i) a inclusão do ensino das tecnologias da informação nos planos curriculares; ii) o uso das tecnologias da informação como meios auxiliares de ensino das disciplinas escolares; iii) a formação de orientadores, formadores e professores.
É possível analisar este projecto através de três fases distintas:
Uma primeira fase (1985-1988), denominada fase piloto, teve como objectivo lançar a proponente inicial do projecto, sendo que tiveram lugar o primeiro e segundo Encontro Nacional do Projecto MINERVA;
Numa segunda fase (1988-1992), a fase operacional, assistiu-se a uma multiplicação do número de escolas envolvidas, bem como ao aparecimento de projectos “concorrentes” como o projecto IVA e o projecto de reforço de equipamento das escolas. Teve, também, lugar o terceiro Encontro Nacional do Projecto Minerva;
Numa terceira fase (1992-1994), a fase de encerramento, devido a necessidades de contenção orçamental, criou-se um conflito entre as necessidades do projecto, com as políticas de diminuição dos destacamentos e das reduções de componentes lectivas. Surgiu, também, o projecto FORJA, absorvendo a maior parte dos recursos financeiros na formação em tecnologias.
Outro projecto nacional, promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, com o objectivo da inclusão das TIC no ensino foi apelidado de Programa Internet na Escola (1997-2003). Este, tinha como finalidade a colocação de um computador com ligação à Internet em todas as escolas do ensino básico e secundário.
Assim, numa primeira fase, concluída no próprio ano em que foi lançada a iniciativa Internet na Escola, foram ligadas à Internet todas as escolas do ensino público e privado do 5º ao 12º ano e algumas escolas do 1º ciclo. Em meados de 2001 estavam ligadas 7135 escolas do 1º ciclo. Consequentemente, criou-se a uARTE - Unidade de Apoio à Rede Telemática Educativa - com a tarefa de assegurar o acompanhamento do programa Internet na Escola, promovendo: a produção de conteúdos científicos e tecnológicos a disponibilizar na Rede; o desenvolvimento de actividades telemáticas nas escolas; formas de interacção e parceria entre os vários parceiros educativos.

domingo, 8 de março de 2009

Pertinência das Tecnologias Educativas:

Tal como é referido no programa da unidade curricular, denominada Tecnologias Educativas, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) surgem como uma das áreas com maior evolução e impacto na sociedade actual. Tendo isto em conta, torna-se fundamental adequar o contexto escolar à sociedade em que está inserido, de maneira a permitir que a Escola consiga acompanhar os desenvolvimentos da sociedade. Como tal, parece óbvio que a implementação das TIC no processo ensino-aprendizagem se mostra como essencial não só de forma a preparar os alunos e futuros cidadãos a dominar ferramentas cada vez mais essenciais à vida quotidiana, mas também de forma a preparar os futuros professores para o cada vez melhor e mais eficaz exercício da sua actividade profissional. Neste sentido, é suposto que o futuro professor desenvolva competências de modo a saber dominar e utilizar as TIC não só como recurso mas também como estratégia de ensino.
É a partir do acima referido que se torna possível explicar a pertinência da unidade curricular de Tecnologias Educativas no contexto da formação de professores, pois esta tem como objectivo proporcionar aos futuros professores o desenvolvimento de competências que permitam o uso das tecnologias em contexto escolar, nas mais diversas vertentes, enquanto ferramentas pedagógicas, de acordo com o contexto social actual.
Concluindo, podem-se enumerar como objectivos fundamentais desta unidade curricular, os seguintes pontos: conhecer as principais iniciativas nacionais no domínio das tecnologias da informação e comunicação na educação; reconhecer as exigências actuais em termos de competências profissionais dos professores neste domínio; identificar contextos de utilização das tecnologias no sistema educativo e na escola; perspectivar o uso das tecnologias na educação como ferramentas cognitivas; perspectivar utilizações educacionais dos principais serviços de comunicação e de publicação de informação na Web; conhecer estratégias de utilização orientada da Internet em contextos escolares; produzir documentos multimédia; perspectivar o potencial dos ambientes virtuais de aprendizagem no apoio ao ensino presencial; analisar o potencial e as limitações de práticas de avaliação de aprendizagens online.